A secretária executiva do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), Raquel Trevizam, se reuniu nesta quarta-feira (31) com o secretário de Meio Ambiente e Pesca de São Pedro da Aldeia, Mario Flavio Moreira, para falar sobre as ações de fiscalização e conservação da Lagoa de Araruama. Estiveram presentes no encontro o responsável pelo Departamento de Pesca Municipal, Breno Bento, e o chefe da Guarda Ambiental de São Pedro, Marcelo Sampaio.
Durante a reunião, realizada na sede do Consórcio, em São Pedro, foi reafirmado a importância do planejamento das ações de fiscalização e potenciais apoios quanto ao suporte operacional. O monitoramento da Lagoa de Araruama foi intensificado desde o início do período de defeso dos crustáceos, no dia 1º de abril.
O período de restrição na pesca tem o objetivo de garantir o crescimento dos crustáceos da Lagoa, proporcionando o recrutamento e o reabastecimento dos estoques naturais. Esta é a primeira vez que o defeso dos crustáceos ocorre separadamente do defeso dos peixes, tradicionalmente entre 1º de agosto e 31 de outubro.
O responsável pelo Departamento de Pesca de São Pedro, Breno Bento, destacou a importância do cumprimento das regras do defeso por parte dos pescadores.
“A gente sempre fala sobre a importância do defeso na Laguna de Araruama, pois é através dele que podemos garantir uma melhora significativa no crescimento das espécies. Com isso, são adquiridos melhores valores na comercialização do pescado da lagoa. Auxiliamos os pescadores nos trâmites burocráticos para receberem o Auxílio Defeso neste período, como fazemos todos os anos. A classe pesqueira é muito favorável ao defeso e à proteção da laguna”, garante Breno.
A separação do defeso da Lagoa de Araruama em dois períodos distintos foi conquistada após nove anos de solicitações da comunidade pesqueira. A mudança foi resultado de esforços conjuntos entre o Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ), o Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), a Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca (SAP), as Associações e Colônias de Pescadores da Lagoa e pesquisadores do tema. A revisão baseou-se em dados científicos sobre a biologia dos camarões e o conhecimento tradicional das comunidades de pesca artesanal.