Prezado visitante, informamos que nosso site está passando por atualizações.
Pedimos desculpas por qualquer transtorno. Obrigado pela compreensão.

CBH Macaé participa de audiência pública sobre questões socioambientais relacionadas ao rio Macaé

Evento discutiu a implantação de atividades econômicas que podem impactar na qualidade e quantidade de água do rio Macaé

O Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras participou da audiência pública, promovida pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, presidida pelo deputado Flávio Serafini, para debater questões socioambientais relacionadas ao rio Macaé.

A audiência foi realizada no auditório do Instituto Federal Fluminense, no último dia 12 de julho em Macaé, e contou com a participação de organizações não governamentais, parlamentares e sociedade civil em geral. Durante o evento, foi discutida a implantação de atividades econômicas que podem impactar na qualidade e quantidade de água do rio Macaé, como a instalação de diversas termelétricas e de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) no território da bacia hidrográfica.

O município de Macaé possui três usinas termelétricas em operação, com a previsão de construção de um complexo de produção energética, com mais 11 usinas. Diante disso, a população local tem se mostrado preocupada em relação à qualidade do ar, além das questões da segurança hídrica e do abastecimento de água da cidade, que já é precário, conforme relataram os moradores.

O promotor de Justiça Lucas Fernandes Bernardes, que representou o Grupo Temático Temporário de Segurança Hídrica do Ministério Público, destacou a necessidade da atualização do balanço hídrico do rio Macaé, para que se tenha um diagnóstico real das disponibilidades hídricas atuais. Também apontou a necessidade de aprimorar a transparência das informações relacionadas à concessão de outorgas de direito de uso de água e certidões de uso insignificantes, concedidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), possibilitando um efetivo controle social sobre este instrumento de gestão.

O promotor Lucas Fernandes ressaltou que é preciso divulgar os estudos de avaliação de impacto ambiental, que deem subsídio à concessão de licenças ambientais, em plataforma de fácil interface e operabilidade, conforme determina a legislação ambiental e a Lei de Acesso à Informação. 

Estiveram presentes no evento representantes do INEA, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), além de representantes da sociedade civil em geral.