O Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé Ostras) e Consóricio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) participaram da 4ª Reunião Ordinária do Conselho de Meio Ambiente (biênio 2024/2025), realizada nesta quarta-feira (09), no Auditório Rovani Dantas, Parque Natural Municipal dos Pássaros, em Rio das Ostras. Entre os principais temas discutidos, destacaram-se o monitoramento da qualidade da água da bacia do Rio das Ostras e a apresentação do plano de trabalho da Rio+ Saneamento, ambos de grande relevância para a gestão dos recursos hídricos da região.
O diretor do CBH Macaé Ostras, Jolnnye Rodrigues, também esteve presente na reunião, reforçando o compromisso do Comitê com a proteção da qualidade e quantidade das águas locais, além de abordar questões ambientais que afetam os corpos hídricos, como os descartes irregulares de efluentes e as mudanças climáticas. Durante a reunião, foi discutida a apresentação dos resultados de monitoramento realizados pelo Comitê, os quais têm contribuído diretamente para a gestão dos recursos hídricos na bacia do Rio das Ostras. A analista técnica do CILSJ, Fernanda Hissa, destacou o trabalho de acompanhamento da intrusão salina e do Índice de Qualidade da Água (IQA), apontando uma piora nos valores observados durante o estudo.
“Nosso estudo de IQA e salinidade da bacia do Rio das Ostras tem revelado pontos de atenção que precisam ser acompanhados de perto. Esses resultados são fundamentais para que possamos diagnosticar as condições nossas águas e direcionar ações que garantam que a água da região continue sendo um recurso de qualidade. Recomendamos a execução de ações de educação ambiental em espaços formais e não-formais com as comunidades, com o intuito de compartilhar as informações obtidas, de forma didática sobre a qualidade dos rios e sensibilizar a sociedade para as questões ambientais”, destacou a analista.
O Índice de Qualidade da Água (IQA) é uma ferramenta amplamente utilizada para monitoramento, avalia diversos parâmetros para indicar a qualidade das águas em rios, permitindo o acompanhamento detalhado das condições ambientais. A maioria dos parâmetros utilizados no estudo serve como indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos, contribuindo para decisões estratégicas na gestão hídrica.
Além disso, foi destacado que os ciclos de monitoramento estão sendo conduzidos pela empresa Centro de Biologia Experimental Oceanus e que a sua execução foi prorrogada por mais um ano, conforme previsto em um termo aditivo ao projeto. Nesse novo período, que se estende até agosto de 2025, estão previstas cinco campanhas de monitoramento e duas apresentações dos resultados finais, sendo uma ao Comitê e outra ao Conselho, reforçando o compromisso com o acompanhamento da qualidade da água na região.
Com discussões relevantes e a participação ativa do Comitê Macaé Ostras, o encontro reforçou a importância de compartilhar a situação da bacia, bem como da integração entre órgãos de gestão e a sociedade civil para a manutenção e gestão responsável das águas na região.